A ansiedade é um dos transtornos psicológicos que podem estar por trás do suicídio. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) o Brasil é o país mais ansioso do mundo e a cidade de São Paulo sofre uma epidemia de ansiedade.
Embora tenhamos cerca de 18,6 milhões de brasileiros convivendo com transtorno de ansiedade, ainda enfrentamos muita dificuldade quanto ao tratamento adequado. Existe um tabu constante tanto quanto ao tratamento psiquiátrico quanto ao tratamento psicoterápico. As pessoas ainda são extremamente resistentes aos tratamentos por estarem presas às suas crenças e preconceitos.
Quando falo com alguns pacientes sobre a hipótese de realizar um encaminhamento psiquiátrico, ainda ouço a frase “psiquiatra é para louco”, ainda que cada vez menos frequentemente e em tom de brincadeira. O que não é menos frequente de ouvir é “não quero tomar remédios. Remédios viciam”. Sempre busco explicar que o medicamente é um tratamento complementar que irá auxiliar o paciente a ter uma melhora mais efetiva juntamente a terapia. O tratamento psiquiátrico é temporário se estiver alinhado ao psicoterápico. Também não adianta realizar apenas o tratamento psiquiátrico, pois ele irá servir como uma “muleta” e assim que você parar o medicamento o seu desafio continuará lá e sem a muleta a chance de você cair será muito grande, o medicamento só irá mascarar seu desafio. Você deve trabalhar o seu desafio em terapia enquanto toma o medicamento. De forma conjunta o tratamento é congruente e eficiente.
Precisamos quebrar os tabus e falar mais sobre o assunto, para que mesmo sendo o país mais “ansioso” sejamos também o país que tenha mais efetividade nos tratamentos
Sintomas de Ansiedade
Quando vamos identificar um paciente com ansiedade, buscamos a repetição de alguns desses sintomas e comportamentos:
- falta de ar;
- tremedeira;
- palpitação;
- dor no peito;
- angústia;
- descontrole;
- preocupação exagerada;
- insônia;
- agitação de pernas e braços;
- nervosismo;
- sensação de que algo ruim irá acontecer.
Para evitar a continuidade das crises é importante avaliar os momentos que a antecedem, tentando entender quais são os gatilhos que acionam a crise. Buscando entender os pensamentos, emoções e sentimentos envolvidos antecedentes destes momentos. Dessa forma é possível trabalhar na resolução destes gatilhos e minimizar as futuras crises.
Você já teve crises de ansiedade? Conta pra gente como você costuma fazer para sair das crises.
@AmandaSchmitzPsicologa 📞+55 11 993407666