Aceitando a própria vulnerabilidade

Você sabe o que é vulnerabilidade?
Esse termo, que costuma ser usado para descrever uma qualidade negativa, tem ganho espaço como uma das peças mais importantes na recuperação de traumas emocionais.
Nós passamos por alguns momentos complicados de vez em quando, que deixam marcas de angústia em nossas lembranças. Talvez seja a discussão que acabou com uma amizade, anos atrás, ou o erro que te fez perder uma promoção mês passado.
Em situações como essas, a reação mais comum é criar um “escudo” para não ter que lidar com a tristeza, a culpa ou a raiva que sentimos. Aprendemos que é importante ser forte, mesmo que essa força seja apenas aparente, e não tenha sustentação em nosso interior.
Fazemos isso por não aceitar a nossa vulnerabilidade, não aceitar que essas emoções realmente nos deixaram mal, e até hoje são questões mal resolvidas em nosso passado.
O problema é que ser forte não resolve os problemas, não afasta os sentimentos que causam dor; ao invés disso, prende eles em um canto escondido da sua mente, e permite que cresçam ali, se tornem mais fortes, até o dia em que voltem a nos assombrar, na forma de traumas.
Ser vulnerável é interromper esse ciclo, aceitar a existência das emoções que estão lhe fazendo mal, entender a importância delas, o motivo pelo qual estão aí, e fazer as pazes com elas, permitindo que possam ir embora e aliviar essa insatisfação que você tem vivido.
Ter força não é ignorar aquilo que te faz mal, essa atitude surge do medo de assumir as próprias limitações, e não ajuda a lidar com elas.
Ter força é aceitar a própria vulnerabilidade, aceitar que talvez você ainda não saiba como resolver os seus problemas; uma ação que requer coragem, e permite se encontrar com uma melhor versão de si mesmo.