Falando agora sobre a prima da ansiedade, a depressão. Assim como a ansiedade, é tratada vulgarmente por fricote, besteira, coisa de quem não tem o que fazer, embora ambas sejam doenças sérias que podem levar ao suicídio. Merecem, portanto, toda a atenção e cuidado;
Como diz (e com razão) o Dr. Dráuzio Varella, hoje em dia, “depressão” se tornou um vocábulo menor, destituído de sua real significância. Qualquer tristeza, e o indivíduo se queixa que está deprimido.
Ora, tristeza passageira, devido a brigar com o namorado; ou morte de algum parente; ou outro motivo qualquer, não é depressão; embora o depressivo seja triste.
É triste, por que não acha gosto em nada. Nem em viver. É aí que mora o perigo. Realmente, o depressivo, costuma falar muito em morte e suicídio, e nele não se trata de “conversa mole”, ele fala o que ocupa seu pensamento, pois quem sofre de depressão, pode “desligar” o instinto de sobrevivência, que é muito forte em nós e nos deixa alertas. Não no depressivo em grau máximo. Nesta altura, ele pode se jogar de uma janela ou na frente de um carro.
O depressivo merece muito cuidado, ele é uma verdadeira bomba, prestes a explodir. Os sintomas diferem de pessoa para pessoa. Umas começam a comer demais e engordam. Outras sem fazer qualquer dieta emagrecedora perdem o apetite e emagrecem. Enquanto alguns indivíduos dormem o tempo todo, uns não dormem, ganhando de presente, uma desagradável insônia.
O indivíduo não se importa com a própria aparência, sendo que se arrumar sair e mesmo tomar banho se torna penoso. Ir trabalhar, ter de conversar com outras pessoas, pode ser uma experiência horrível para alguém com depressão. O deprimido, não raro, sofre de uma persistente dor de cabeça e tem uma incrível falta de concentração, naquilo que antes podia ser alvo de sua predileção. Aliás, é bastante comum, estando em fase incapacitante da depressão, as pessoas ficarem horas olhando o nada e pensando em coisa nenhuma;
Assim, como sua prima Ansiedade, ataca ambos os sexos.