O nascimento de um filho pode ser um momento muito aguardado para uma mãe e uma família. São criadas mil expectativas e planos. Quando uma mãe, após dar a luz se vê com depressão pós parto o choque é grande.
Mas o diagnóstico é necessário para ajudar essa mãe a se recuperar de maneira saudável, entender essa nova situação e buscar a recuperação a partir dai para a felicidade dela e da pequena criança.
Nesse texto vamos falar de maneira geral sobre a DPP (Depressão Pós Parto) e explicar algumas coisas.
O que é a Depressão Pós Parto
Mais comum do que parece a Depressão Pós-Parto (DPP), como a maioria dos transtornos psiquiátricos, ainda carrega o estigma de tabu, o que causa preconceitos e emperra a busca por ajuda.
Segundo pesquisas recentes, mais de 25% das mães brasileiras têm sinais da Depressão Pós Parto. A pesquisa foi feita sobre fatores associados à depressão pós-parto no Brasil, feita com cerca de 24 mil mulheres de todo o país e conduzida por Mariza Theme, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fiocruz (RJ).
Além disso, estima-se que 80% das mães tenha o chamado Baby Blues, uma leve melancolia que aparece nos primeiros dias com o bebê em casa. Mas essa sensação tem mais relação com a adaptação, mudança na rotina, cansaço, idas ao pediatra, toda essa adaptação fisica e emocional. Isso além da variação hormonal que a gravidez e o parto trazem aquela mulher nessa fase.
Mas a Depressão Pós-Parto vai além tanto na intensidade quanto na duração dos sintomas, geralmente notados de quatro a seis semanas após o parto e que podem se arrastar por um ano (ou mais, em alguns casos). Ansiedade, irritabilidade, mudanças de humor, cansaço e desânimo persistentes estão no topo da lista de indícios, que também passam por diminuição de apetite, insônia e sensação de incapacidade.
Depressão pós parto X Depressão
Será que a Depressão Pós Parto só acomete mães que já tinham, ou tem um quadro depressivo antes da gravidez? Não. Não é bem assim.
Qualquer pessoa pode desenvolver a doença e são muitos os fatores que podem levar a ela que não a pré existência de um quadro depressivo. A prevalência é maior em quem tem antecedentes de transtorno mental (incluindo depressão), vulnerabilidade socioeconômica, gravidez indesejada ou histórico de traumas e violência doméstica. Ah, e quem já teve DPP em uma gestação está mais suscetível na próxima.
Outros fatores de risco passam por falta de suporte ou apoio familiar, ansiedade intensa, histórico de transtorno pré-menstrual, infertilidade, abortos ou perdas gestacionais e até problemas de saúde, como hipertensão ou diabetes.
Tratamento da Depressão Pós Parto
O tratamento da DPP não é complicado. Feito o diagnóstico pode haver a possibilidade de tomar medicamentos indicados por um psiquiatra e o acompanhamento psicológico da mãe é fundamental para uma cura plena. É comum que a mãe volte a se sentir 100% após alguns meses. É necessário que seja feita uma adaptação das emoções também, para que a mãe absorva sua nova realidade e todo amor e felicidade que virá dessa nova fase!
Familiares e amigos também podem ser de imenso valor nesse momento dando apoio, escutando, ajudando a mãe e a criança com o que for possível.
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